domingo, 25 de agosto de 2013

Sabes



As recordações dos dias bonitos
Mesmo que pareçam esquecidos
É o que guardo no fundo da alma
Nos dias de vento trazem-me a calma

Aquele instante calado, olhar pejado de brilho e calor
Mão sobre a mão coração tranquilo o eco do amor

Sabes?
Nos instantes de agora quando te olho a certeza aflora
Mesmo que pareças distante o momento é nosso igual a outrora
Quem dera ser uma fada ou assim, tiraria à minha alma
Os dias bonitos e enchia o teu rosto de largos sorrisos
Mas a luta é madrasta e o tempo escasseia
Não esqueças amor que a vida é flor somos nós quem semeia.


domingo, 5 de maio de 2013

Paz




Se ao embalar-te nos braços
Recolhesse a dor ao meu peito
Os teus dias seriam serenos
Apaziguaria assim o efeito

Da incerteza

Dormirias por fim tranquilo
No aconchego que um ajuste trás
Os teus ais voariam para longe
Tuas mãos crispadas no vazio
Alcançariam enfim a paz

Se ao embalar-te nos braços amor
Te sentisses em porto seguro
Juro morreria sem dor
Se te soubesse em paz no futuro.


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Estrada adiante


 
Quando o sol acontece ocorre a força
As flores rebentam, os pássaros voam
Alguns sorrisos por fim perduram
A vida saltita, parece corça

Então…

Porquê o vago que a presença nega
Ao despertar o leito vazio, Juro por deus
Tremo de frio, corro a olhar o dia escorrega
Volto p`ra cama reforço o adeus

E aí…

O sol lá fora teima em chamar
A presença assola mesmo distante
Salto por fim o desabrochar
Enlaço a saudade estrada adiante.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Nas pontas dos dedos



Nas pontas dos dedos
A sede, o lume
A vontade de ir mais além
Nas pontas dos dedos a pele
A tua
Que eu sei como ninguém

Nas pontas dos dedos
Um caminho
Que percorro às vezes sem vinda
A ternura de um carinho
Que eu sei… Ainda

Que a noite chegue depressa
Que o dia nasça tristonho
Nas pontas dos dedos sem pressa
Meu amor o desfolhar de um sonho.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Alma vadia


Não me perguntem as paredes brancas
Das faltas dolosas que os dias transportam
Há um não sei quê de mistura a mel e a fel
Os passos marcando o chão imploram
Um pouco de tudo na ânsia de mais

Que não me pergunte a luz do dia
Pelas rugas no canto da boca
Ou tampouco o olhar mortiço do sol de inverno
Nas mãos o peso da calma é o tecto do mundo
Desaba aos poucos, inerte e estranha a quietude

Da saudade do teu gosto
No início da rua uma sombra aflora
Corre o coração apresado
Não é ninguém, é a alma vadia que assoma.